Perseverar em oração


Se observarmos a vida de Jesus, veremos que Ele sempre reservou parte de Seu tempo para falar com o Pai através da oração. Ele sempre foi dedicado à prática da oração: “De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando” Mc. 1.35. Lucas ainda nos diz: “Porém Jesus ia para lugares desertos e orava” 5.16.

Reflita comigo: Se Cristo, o nosso Salvador, reservava parte de Seu tempo para a oração, não devemos também seguir o Seu exemplo? Precisamos imitar este bom hábito de nosso Mestre: o hábito de orar. Se desejarmos ter uma vida de vitórias, assim como Cristo, devemos regularmente, nos dedicar à oração: “..., perseverai na oração” Rm. 12.12.

Permita-lhe falar algo acerca de “perseverar em oração”. Muitas pessoas pensam que perseverar é o mesmo que “continuar repetindo”. Para justificar tal pensamento, fazem citação da parábola do juiz iníquo, o qual todos os dias, recebia em sua porta uma pobre viúva, pedindo justiça para a sua causa - Lc. 18.1-5.

Entretanto, vejamos o que significa perseverar: continuar; conservar-se firme e constante; permanecer; persistir; teimar; persistir num estado de espírito ou num sentimento; não mudar de intenção ou orientação. Em outras palavras, perseverar é acreditar até o fim; não perder a esperança. Em se tratando de oração, é pedir algo ao Senhor e confiar, acreditar que a oração foi ouvida e que será respondido, sem duvidar em momento algum, não importando as circunstâncias.

Vamos analisar a parábola acima citada. A pobre viúva procura o corrupto juiz e lhe pede: “Ajude-me e julgue o meu caso contra o meu adversário”. O juiz, a principio não quis atendê-la, afinal, ela era só uma pobre viúva. No outro dia, ela dirige-se à casa do juiz: “O meu adversário continua zombando de mim, faze-me justiça eu te peço”. Entretanto, ele faz pouco caso dela.
Imagine o que disseram os vizinhos dela? Podemos imaginar: “Desista desta causa, aquele juiz não irá atendê-la”. Entretanto, ela era perseverante, ela tinha esperança e não iria desistir da causa, enquanto não houvesse uma resposta.
No outro dia: “O senhor já marcou a audiência? Quando é que eu posso trazer as testemunhas?”. E de tanto insistir (perseverar), o juiz decide que, para se ver livre dela, julgaria a sua causa. A viúva havia sido perseverante e conquistado o seu objetivo. Ela não desacreditou em nenhum momento, de que o juiz pudesse resolver o seu problema.
Perseverar é não perder a esperança!!

Por que não citar o exemplo de Ana? Ana desejava ter um filho, porém, era estéril. Em uma das vezes que foi com o seu marido adorar a Deus, ela dirigiu-se á entrada do Tabernáculo e orou ao Senhor, pedindo-Lhe um filho.
A Bíblia relata que quando Ana saiu dali, o seu semblante já não era de tristeza, e sim, de alegria. Por quê? Simplesmente porque ela acreditava que Deus já havia respondido a sua oração. Com certeza ela já agradecia ao Senhor pela sua benção. “... e em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam e orem sempre com o coração agradecido” Fp. 4.6.

Ana confiou que Deus lhe daria um filho, e confiou na sua benção. Ela apenas agradecia a Deus pela benção. Agradecer crendo é bem diferente de repetir pedidos, repetir orações “enlatadas”. Peça ao Senhor. Creia que Ele ouviu, afinal, os Seus ouvidos não estão tapados. E agora, não deixe a dúvida brotar em seu coração. Tão-somente agradeça pela resposta: “... se pedimos alguma coisa de acordo com a Sua vontade, temos a certeza de que Ele nos ouve” 1Jo. 5.14b.
“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e tudo Ele fará. Descansa no Senhor e espera Nele” Sl. 37.5,7a. O que será que o salmista Davi quis expressar nestes versos? Que devemos fazer uma oração e confiar na resposta; entregar a Deus as nossas petições, e descansar Nele.

O Mestre já nos ensinava: “Nas suas orações, não fiquem repetindo o que já disseram, como fazem os pagãos” Mt. 6.7. Oração não é “decoreba”. O que Jesus nos ensinou? “Pedi, e dar-se-vos-á; batei, e abrir-se-vos-á” Mt.7.7.
Lamentavelmente, quando alguém lê este versículo, fala: “Pedi, pedi, e dar-se-vos-á; batei, batei, e abrir-se-vos-á...”. Na minha Bíblia está escrito “pedi”, e não “pedi, pedi”.
Ainda, acerca da oração, Paulo nos recomenda: “Antes, as vossas petições (orações) sejam em tudo conhecidas diante de Deus” Fp. 4.6. Mas, será que Deus conhece as nossas orações?

Muitos de nós preferimos deixar que outros apresentem a Deus as nossas necessidades. Torna-se muito mais fácil dizer-mos ás irmãs do circulo de oração, ou ao pastor da igreja: “orem por mim”.
Orar é, muitas das vezes, incômodo para nós. Deixamos, com muito prazer, que outros “ralem” os joelhos em nosso lugar. Sempre encontramos alguém para nos substituir. A desculpa? Como sempre, vamos buscá-la na Bíblia: “Levai as cargas uns dos outros...” Gl. 6.2.

É errado pedir aos outros que orem ao nosso favor? De maneira nenhuma! “Orai uns pelos outros” Tg. 5.15. Isto não significa nada mais que “ajudai uns aos outros em oração”. Ajudar não é levar sozinho, “porque cada qual levará a sua própria carga” Gl. 6.5.
Devemos ter uma vida pessoal de intimidade com Deus através da oração. Não deve, jamais, haver um substituto.
Existem coisas que ninguém pode fazer em seu lugar. E uma destas coisas é dedicar tempo ao Senhor.
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Autor MOISÉS DUARTE

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