O SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO

A pessoa de Jesus é o ápice da Graça divina a nós revelada. O que mais o nosso Deus nos poderia ofertar além do seu unigênito Filho? Sempre devemos nos lembrar que a totalidade da graça divina nos foi revelada na pessoa de Jesus Cristo. Com certeza muito e de diferentes formas já ouvimos acerca de Jesus. Uns o consideram como um grande filosofo da antiguidade, outros o consideram que ele foi um ser iluminado, ou um grande revolucionário, um idealista religioso ou um grande profeta. E para você quem é o Cristo? Bem sabemos que ele é o Filho de Deus, concebido por obra do Espírito Santo, nascido de mulher. Assim sendo, possui duas naturezas: uma natureza humana e uma natureza divina.

A ENCARNAÇÃO DO VERBO DE DEUS

Ao iniciar seu evangelho, João assim escreveu: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai...” - Jo 1.14. Mas porque João o chamou de verbo de Deus? Porque ele foi o executivo de Deus Pai, e por intermédio dele todas as coisas passaram a existir. 

Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” - Jo 20. 31. A expressão “Filho de Deus” nas Escrituras Sagradas, de maneira clara indica a natureza divina de Jesus. Sua procedência nos revela que ele compartilha a mesma essência e natureza do Pai.  “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu” - Is 9.6. Observemos que segundo a profecia, nos nasceu um menino, no entanto, o Filho nos foi dado. Isto anula a crença de que o Verbo se tornou Filho a partir da encarnação, crença esta que não tem respaldo bíblico -  Jo 10. 36; 1 Jo 4. 9. Pois, o Filho de Deus é desde a eternidade. Ele mesmo afirmou: “Saí e vim do Pai ao mundo” - Jo 16. 28.

Jesus é o Unigênito de Deus. Por cinco vezes o termo “Unigênito” aparece nos escritos de João, sempre relacionados a Jesus, e isso revela claramente a sua divindade - Jo 1.14, 18; 3. 16, 18; Jo 4. 9. “Unigênito” não reflete a ideia de nascimento, e sim, de natureza, do seu relacionamento exclusivo com o Pai, caráter e tipo.

Jesus também é o Primogênito de Deus. O termo “Primogênito” não significa nesse caso, que ele foi criado, mas que é o primeiro em categoria. A própria Bíblia nos fala em muitas referências de que o Filho é Eterno - Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8; Jo 1.3. Muito embora o termo “primogênito” tenha um sentido natural de filho mais velho, também abrange o sentido de primazia, supremacia, predomínio e autoridade total. Em Colossenses 1.15-18, as Escrituras nos apresentam Cristo como o “primogênito de toda a criação”. Isto não quer dizer, contudo, que ele seja a primeira criatura da criação divina, pois, nos versículos 16 e 17, o Filho é criador. Assim sendo o Cristo “Primogênito” tem a ver com posição e não com criação.

A NATUREZA DIVINA DE CRISTO

Jesus é o Todo-Poderoso e eterno. Ele não deixou de ser Deus para ser homem. Quando a Bíblia afirma que ele “...esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” - Fp 2.7, com certeza não se refere a sua divindade, mas sim, da sua eterna glória celeste. Isto significa dizer que Deus habitou entre os homens como um homem. Em toda a Bíblia é ensinado acerca da divindade de Jesus Jo 1.1; 5.18; 10.30,33-36; 21.17; 1Jo. 5.20; Mt 18.20; 28.18; Hb 13.8. 

Jesus mesmo sempre afirmou de maneira categórica ser divino. Jamais disse que não poderia resolver este ou aquele problema. Não somente declarou ser Deus, mas revelou suas qualidades divinas, demonstrando seu poder. A sua natureza divina é comprovada através de seu extraordinário ministério terreno, seus nomes e títulos, por suas incontestáveis declarações e seus maravilhosos feitos.

A NATUREZA HUMANA DE JESUS

Por meio de sua encarnação, Jesus se fez homem completo. Em nada foi diferente de nós, exceto que não cometeu nenhum pecado. Ele não era um anjo “disfarçado” de humano, e sim um homem de carne e osso. Ele passou por todas as fases da existência humana, desde nascimento até a morte. Sentiu fome, sede, tristeza, alegria, cansaço, agonia, amor, compaixão, surpresa. Estudou, trabalhou e orou. Teve irmãos e irmãs de sangue. E assim como nós, em tudo ele foi tentado, porém, sem pecado - Hb 4.15.

Era necessário que Jesus viesse ao mundo como homem, pois, se assim não fosse, jamais poderia sofrer e, consequentemente, ser o nosso Salvador - Hb 2.17. Embora tenha sido gerado por obra do espírito Santo, nasceu de forma natural de uma mulher. Com isso teve todas as características humanas. Morreu, mas, ressuscitou de forma gloriosa ao terceiro dia.

Convém aqui ressaltar que Jesus não é metade Deus e metade homem. Ele é o perfeito homem - 1Tm 2.5, e o perfeito Deus, “porque nele habita corporalmente toda plenitude da divindade” - Cl 2.9. Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Impossível será encontrar nas Escrituras linha divisória entre as divindades de Jesus. É um mistério a nós meros mortais - 1Tm 3.16.

HERESIAS ACERCA DAS NATUREZAS DE JESUS

O kenoticismo. Doutrina kenótica afirma que Jesus não era Deus enquanto esteve aqui na terra. Para isto, interpretam de maneira equivocada Filipenses 2.7, o termo “esvaziou-se”. Como já explicado esse esvaziamento não se refere a sua divindade, e sim, à sua resplandecente e indizível glória celeste.

O apolinarismo, de Apolinário, bispo de Laodicéia, afirma que Jesus não possuía espírito humano porque o “Logos” ocupou o lugar da alma na sua encarnação. Ainda vai mais longe ao afirmar que a pessoa que põe em Cristo sua confiança como homem, se destituiu de racionalidade, portanto, indigno de salvação. Essa doutrina é refutada por 1Tm 2.5; Hb 2.14,17,18; 4.15.

O monofisismo declara haver em Jesus uma única natureza: somente a divina ou divina e humana de maneira mista. Desse modo, Jesus possuiria uma natureza híbrida; nem seria totalmente Deus nem totalmente homem. Mas, a Bíblia nos ensina que o verdadeiro Deus veio a este mundo como um verdadeiro homem.

O gnosticismo nega o cristianismo histórico, afirmando que o Senhor Jesus Cristo jamais possuiu um corpo como o nosso. Segundo eles o corpo existia apenas aparentemente. Entretanto, a Bíblia de maneira categórica diz que “o Verbo se fez carne”. “Todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus...” - 1Jo 4.3.

CONCLUSÃO

Compreendamos de maneira mais clara a natureza de Cristo:


Bem como é herético negar a divindade de Jesus, também o é negar a sua humanidade. Ele é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. “E sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória” - 1Tm 3.16. É este o Cristo que anunciamos. Sem ele ninguém chegará a Deus.

M.D.
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Autor MOISÉS DUARTE

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1 Comentários:

  1. Excelente comentário.
    Que o Senhor conceda graça e sabedoria para continuar este projeto, comentando outras lições/temas bíblicos com esmero.


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