Louvores que causam barulho

Há algum tempo venho observando uma crescente ascensão em nosso meio evangélico de novos estilos musicais um tanto diferentes dos que costumava ouvir na minha infância, aliás, louvores aqueles que me trazem muitas saudades.

Analisemos um pouco as músicas gospel de hoje: comecemos pelo gênero infantil. As canções parecem tratar de tudo, menos de mensagem bíblica: Fala-se em comida e doces, desenhos animados e TV, amarelinha, super-heróis, bicho-papão, abelha e tantas outras “baboseiras”. Esquecem (se bem que penso que de forma intencional) de falar em obediência à Deus, em honrar os pais, em vida cristã, em salvação e vida eterna com Cristo.

No caso das músicas jovens, nos entregamos aos ritmos do rock, do forró, etc., e letras copiadas de músicas seculares, com a esfarrapada desculpa de atrair o maior número de jovens para dentro dos templos. E assim vamos trazendo o secularismo para dentro de nossas igrejas.

Por fim, de um modo geral, nossas canções não têm mais na sua quase totalidade, um cunho evangelístico/adorador. Não quero ser saudosista, espero que você me entenda. Lembro-me de várias canções de anos atrás que eram verdadeiras pregações cantadas. Quando não, eram verdadeiras adorações voltadas PARA DEUS. Esses “hinos antigos” não têm mais vez em nossos dias.

Posso observar os cultos de hoje que algumas canções causam um “reboliço” no meio dos cristãos. Muitos glorificam, pulam, sapateiam, fazem aviõezinhos, choram, falam em mistério, e o “ré-té-té” acontece. Entretanto, ao observar tais canções, em suas letras, passo a observar que geralmente não são direcionadas PARA DEUS, e sim, AO NOSSO EU. Sem mencionar as letras vingativas, amaldiçoadoras.

São canções que não falam da centralidade do evangelho. São canções que falam que Deus Vai Abençoar, Guerrear Por VOCÊ. Deus tem sido tratado nessas letras como um simples vassalo do homem. Como se ele tivesse a obrigação de nos servir com suas infinitas bênçãos. E é aí que o povo grita, rodopia, glorifica, chora, “profetiza” e tantas outras piruetas. E se tais canções forem ritmadas com um forró aí é que o “pentecostes” acontece.
Mas, e quando se fala da mensagem da cruz, de abandono de pecado, de santificação? Pasmem! Nada tem acontecido. É só mais um hino.

E aí eu me pergunto: o que tem acontecido com o cristianismo? Acabamos de completar 500 anos da reforma protestante, e eu começo a pensas que necessitamos de uma nova reforma em nossas igrejas. Necessitamos de vozes que se levantem contra os desvios à verdade no nosso meio.

Necessitamos urgentemente retornarmos à centralidade do evangelho que é Cristo Jesus e seu sacrifício vicário. Precisamos adorar a Deus pelo que ele é e não simplesmente pelo que ele venha a fazer por nós. Pois, o que tinha que fazer em nosso favor já foi consumado na cruz do Calvário.

O que mais uma vez presenciei no culto de hoje, me intrigou mais uma vez. Pouca reação a um louvor acerca de Cristo e muito “reboliço” em um louvor de bênçãos divinas para o seu povo.

Porque virá o tempo que não suportarão à sã doutrina... e desviarão da verdade, voltando às fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo.

    M.D.
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Autor MOISÉS DUARTE

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1 Comentários:

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