Tempos depois, o Tabernáculo foi substituído pelo Templo, que era um edifício,
o qual estava localizado em Jerusalém. O Santo Templo era o Santuário por
excelência do povo de Israel, onde não somente os israelitas como também os que
não eram judeus, deveriam adorar somente ao Deus Único e Verdadeiro.
Infelizmente, o Templo foi transformado, por reis idólatras, num local de muita
idolatria. O templo media cerca de 27 metros de comprimento por 9 metros de
largura e 13,5 metros de altura.
A construção do primeiro Templo foi realizada por Salomão, e teve inicio
quatrocentos e oitenta anos após a saída dos israelitas do Egito - 1Rs. 6.1, e
levou-se sete anos para a construção. Os babilônios destruíram esse Templo em
586 a.C. mais ou menos - 2Rs. 25.8,9, e levaram o povo de Israel para o exílio.
Sob a liderança de Zorobabel, o segundo Templo foi construído - Ed. 3.8. Teve
inicio em 536 a.C. e terminou em 516 a.C. mais ou menos - Ed. 6.14,15. Por
cerca de 500 anos esse Templo permaneceu em sua forma original até que sofreu
uma reforma, feita por Herodes, o grande. Herodes ampliou e embelezou o Templo,
começando seus trabalhos em 20 a.C. e consagrando-o dez anos depois.
Muito embora em termos históricos e arquitetônicos o Templo de Herodes
seja conhecido como o terceiro Templo, ele ainda é chamado de segundo Templo
pelos judeus, porque a oferta dos sacrifícios não foi interrompida durante o
período da reforma. E mesmo Herodes tendo dedicado o Templo em 10 a.C., os
trabalhos na obra de reforma continuaram por mais 46 anos, após o seu início -
Jo. 2.20. Jesus andou pelos pátios desse Templo.
No ano 70 da nossa era, contrariando as ordens do general Tito, um
soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. Desde
então, desprovidos do seu Santuário, os judeus não puderam mais oferecer a Deus
os sacrifícios ordenados no Antigo Testamento. Apesar disto, com muito anelo,
eles aguardam a reconstrução do Santo Templo em Jerusalém. No seu lugar está a
mesquita de Al Acsa.
Havia, no Antigo Testamento, também uma casa de oração, que era
denominada de Sinagoga, que começou a existir provavelmente durante o período
do cativeiro.
No Antigo Testamento Jerusalém centralizava o culto a Deus, para lá
subiam todas as tribos de Israel, para adorarem - Sl. 122.3,4. E somente os
homens poderiam comparecer às três festas anuais “diante do Senhor” para
lhe oferecer sacrifícios. Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá
perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher na Festa dos Pães Asmos, e na
Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias
perante o Senhor - Dt. 16.16.
A adoração era centralizada no Sacerdote, que era da descendência de
Arão, separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no
Tabernáculo e depois no Templo. O Sacerdote era mediador entre Deus e o povo,
oferecendo sacrifícios e orando em seu favor - Êx. 29; Lv. 21; 1Cr. 24. O povo
durante o culto ficava na parte externa do Tabernáculo ou do Templo. No lugar
santo, só entravam os Sacerdotes; e no santo dos santos, onde se achava a arca
da aliança, só tinha acesso o sumo Sacerdote e, assim mesmo, apenas uma vez por
ano - Hb.9.1-7.
No culto do antigo testamento, havia
sacrifícios de animais - Nm. 28 - como parte do culto de adoração. Os passos
para apresentação de um sacrifício de animal eram os seguintes: O ofertante se
purificava - Lv. 13-16; o ofertante levava o animal ao Senhor, ao altar, e o
apresentava ao sacerdote - Lv. 17.1-9; o ofertante punha as mãos na cabeça do
animal como sinal de que estava o dedicando a Deus - Lv. 1.4; o ofertante ou o
sacerdote matava o animal, cortando as artérias do pescoço - Lv. 1.5; o sacerdote
borrifava um pouco de sangue nos lados do altar - Lv. 1.5; o sacerdote tirava o
couro que ficava para ele - Lv. 7.8; aí cortava o animal em pedaços e os
colocava sobre a lenha do altar - Lv. 1.6-13; a carne era toda queimada, ou só
uma parte dela, conforme o tipo de sacrifício - Lv. 3; 6.23; depois do sacrifício
pacífico havia uma refeição comum em que o sacerdote e o ofertante comiam parte
da carne do animal - Lv. 7.28-38.
Em Levítico são descritos alguns tipos
principais de sacrifícios e ofertas: Holocausto, em que o animal era completamente
queimado no altar - 1.1-17; Sacrifício pacífico ou de paz - 3.1-17; das
ofertas de paz havia três tipos: por gratidão a Deus - 7.12; para pagar voto ou
promessa e a voluntária, que era trazida de livre e espontânea vontade - 7.16; Oferta
pelo pecado, isto é, para tirar pecados - 6.24-30; e oferta pela culpa,
isto é, para retirar a culpa - 7.1-10. Embora todo o ritual, no antigo testamento
fosse símbolo do sacrifício de Cristo - Hb. 10.11,12, o lado cerimonial e
ritualístico sempre acabava por prevalecer na vida dos israelitas, de modo
marcante, sobre a essência verdadeira do culto instituído por Deus.
No antigo testamento, havia um ministério
regular de louvor, abrangendo cantores e músicos coletivamente - 1Cr. 25.1-7,
que era exercido por uma parte dos levitas, que também ajudavam os sacerdotes
nos serviços do Tabernáculo - Nm. 3.5-12 e, depois, do Templo - 2 Cr. 8.14.
A maior parte do povo era composta de
espectadores passivos, enquanto os sacerdotes e levitas representavam a nação
de Israel diante de Deus nos cultos e nos rituais destes. Existia, porém, um
papel que todo adorador do Antigo Testamento podia executar. Tratava-se, portanto,
da adoração na forma de cânticos. Os sacrifícios expiatórios, bem como a
presença de Deus no meio do povo, criavam um ardente desejo de adorar ao
Senhor. E este desejo era satisfeito através dos cânticos entoados.
M.D.
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