O último dia da criação foi um dia cheio de emoções: a criação do homem, a determinação de suas tarefas, a nomeação de todos os seres, a criação da mulher e a realização do primeiro casamento.
Esta lição traz como tema central a criação da primeira mulher: Eva. É muito importante que tenhamos uma visão bíblica e correta acerca da mulher. A mulher no plano divino, sua formação e sua missão. A criação da mulher não foi um “conserto” para uma criação “imperfeita”. Ela já estava nos planos divinos mesmo antes da criação do homem.
“A criação da humanidade, portanto, já se achava no coração do Pai Celeste, desde a mais remota eternidade. Em sua presciência, já existíamos redimidos e salvos (1 Pe 1.2). Ao deliberar a criação do ser humano, tinha Ele em mente o homem e a mulher, pois a espécie humana requer ambos os sexos para existir. A mulher e o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Eis, aqui, uma das passagens mais profundas e reveladoras das Escrituras Sagradas: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Não obstante esse versículo pertencer ao último livro da Bíblia remete-nos não somente ao Gênesis, mas a um período que precedeu a criação dos Céus, da Terra e da humanidade. Quando nada ainda existia, o Pai Celeste via, em sua amorosíssima presciência, o seu Unigênito morto, a fim de resgatar-nos do pecado. Aqui, somos obrigados a perguntar: “O que essa passagem tem a ver com a criação da mulher?”. Usando a lógica, esse maravilhoso instrumento com que Deus nos dotou o intelecto, raciocinemos: o Cordeiro só poderia ser morto após a sua concepção virginal e encarnação por obra, e graça do Espírito Santo. Por conseguinte, a Santíssima Trindade contemplava, naquele período eternal insondável, a semente de Eva no ventre de Maria, a virgem de Nazaré. Infere-se, pois, que a criação da mulher, e não apenas a do homem, já estava nos planos eternos de Deus.” Claudionor de Andrade - A RAÇA HUMANA.
Com a formação da mulher, estava completa a obra da criação. Ambos se completavam. “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora...”. O fato de a mulher ter vindo do homem e para ele, poder-se-ia abrir espaço a se pensar que ela seria sua serva. O que não é possível afirmar, pois, se por um lado ela proveio dele, depois disto, com exceção do próprio Adão, todos os homens posteriormente provêm da figura da mulher. Assim, um não é soberano ao outro, e ambos se completam e devem conviver em perfeita harmonia e completude.
Há uma linda tradição judaica que enfatiza que Deus não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; e nem da cabeça, para que ela se visse acima do homem. Em vez disso, Deus a tirou da costela de adão, para que os dois pudessem caminhar lado a lado ao longo da vida. Uma “adjutora, auxiliadora, companheira”. Ela era parte íntima do homem: “osso dos meus ossos e carne da minha carne”.
Por que Deus não criou a mulher do pó assim como fez com o homem? Assim seriam dois seres humanos distintos e sem um tronco genético comum. Deus também poderia ter criado outro homem para fazer companhia a Adão. Mas, a intenção de Deus era multiplicar a humanidade e povoar a Terra. Então um ser do mesmo sexo não seria adequado. Deus, então, cria um ser semelhante, porém com sexualidade distinta de Adão. Esta distinção entre o homem e a mulher é de suma importância; daí ter sido mencionada no texto que narra a criação humana (Gn.1:27,28).
É também basilar para a reprovação de Deus à homossexualidade, pois se Ele quisesse que o homem ou a mulher mantivesse tais relações, teria, com certeza, feito – de maneira simultânea – um casal de homens e outro de mulheres. Desde o princípio, Deus os criou “macho e fêmea” (Gn.1:27b).
Na criação da figura feminina o Senhor Deus age como anestesista, cirurgião e geneticista simultaneamente. Houve aí mais complexidade que na criação do homem.
Como anestesista, Ele faz com que Adão adormeça profundamente, a ponto de não sentir a cirurgia pela qual passou. Em seguida faz uma incisão retirando uma de suas costelas e “cerrou a carne em seu lugar”. No campo da genética, Deus vai além de uma mera clonagem, Ele traz à vida um ser autônomo e cônscio de si e de sua missão no ato da criação divina.
Deus criou a mulher, para que esta estivesse ao lado de Adão, o auxiliando com sabedoria e prudência. Deus não permitiu que Adão se juntasse à Eva de maneira instintiva e leviana. De uma maneira solene, Ele os une através do primeiro casamento, dando a seguinte determinação: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” Gn 2.24. aqui vemos quais são as características do casamento: Monogâmico; Heterossexual e Indissolúvel.
Deus criou a mulher com a nobre missão de ser adjutora do homem e complementar o homem. Ambos devem estar juntos, pois, separados simplesmente desapareceriam. A mulher é co-herdeira com o homem e deve ser tratada com honra e sem inferioridades. “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” 1Pe 3.7.
M.D.
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