A ILUSÓRIA PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS - EBD

   Se voltarmos o nosso olhar para o mundo, estaremos correndo um grande risco de nos desviarmos, ao contemplar a aparente prosperidade dos ímpios. Assim aconteceu com Asafe - Sl. 73.2. O salmista teve sua fé duramente abalada ao procurar entender porque os ímpios prosperam tanto, enquanto os justos, embora temam a Deus, e conduzam exemplarmente a sua vida, sofrem, às vezes, tremendos desgostos e tribulações.
   Após afirmar que Deus é bom para com Israel, Asafe passa a narrar o que lhe aconteceu ao contemplar a prosperidade dos ímpios. Sua mente ficou perturbada. Ele mesmo confessa: “Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram”.
   Como pôde um homem de Deus como Asafe, ser assaltado por um sentimento tão baixo como a inveja? Só o compreenderemos se analisarmos sua crise a partir do ponto de vista da fraqueza humana. Ele teve inveja dos soberbos ao ver a “prosperidade dos ímpios”. Diante de tantas evidências quanto à prosperidade dos ímpios, o salmista concluiu que, em vão, havia purificado o seu coração e lavado as suas mãos na inocência.
   Mas, apesar de tudo, Asafe entrou no Santuário para orar, buscar a Deus, e derramar diante Dele, suas mágoas e frustrações. Então, Asafe descobre que ele próprio era próspero, e não o sabia.
Deus não revelou a Asafe o progresso, nem a prosperidade dos ímpios, mas o fim deles. O que estava acontecendo, o salmista já sabia: os ímpios não trabalham muito; são soberbos e violentos; bem alimentados e criativos; são corruptos e opressores; são incrédulos e blasfemam de Deus. Deus permite que o ímpio prospere, mas, só materialmente. Espiritualmente, o ímpio é um miserável. Ele se gaba: “rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”. Todavia, a resposta de Deus logo vem: “E não sabes que és um desgraçado e miserável, e pobre e cego e nu” - Ap. 3.17.
O salmista, por conseguinte então, teve uma visão do futuro dos ímpios, a partir do que acontece com eles no presente: “... então, entendi eu o fim deles”. Em sua permanência no Templo, o salmista teve profundas revelações. Não só quanto à falsa e ser realmente próspero e abençoado por Deus.
   Asafe, conclui o salmo dizendo: “Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus”. Agora ele não avaliava, mais a prosperidade dos bens materiais. Mas, na prevalência do espiritual sobre o material e, principalmente, no relacionamento com Deus.

Moisés Duarte
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Autor MOISÉS DUARTE

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