“Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” Pv 16.24.
Infelizmente, a língua, apesar de um pequeno órgão do corpo humano, muito gente não conseguem a controlar. Muitos gabam-se de não fumar, de não beber e abster-se de outros atos reprováveis; entretanto, não deixam de mentir. Estudaremos desta vez, acerca da correta utilização da língua e das palavras.
Determinada senhora propagou uma calúnia a respeito de certo irmão. Passados os dias, o caso chegou aos ouvidos do mesmo, que dirigiu-se a ela e provou a falsidade da calúnia. A culpada reconheceu o erro e se confessou arrependida. Rogou o perdão do ofendido. Este, por sua vez, em condição de reparação lhe condicionou: subir a um alto monte em dia de ventos fortes, e, chegando ao alto, rasgar um saco de penas que deveria levar consigo, deixando as penas serem dispersas pela ventania. A mulher achou a ideia um tanto esquisita, porém, muito fácil de executar, mas, prometeu cumpri-la.
Ao soltar as penas ao vento, as penas foram espalhadas por quilômetros de distancia. Então o irmão ofendido disse: “Agora me faça o favor de juntá-las e coloca-las de novo no saco”.
É muito fácil usar as palavras para caluniar, muito difícil recolhê-la de volta ao saco! Quem lança a mentira talvez não tenha a capacidade de antever as consequências, mas, se quiser voltar atrás, não conseguirá; estará fora do alcance do arrependimento.
“A louça rachada nunca mais voltará a ser a louça inteira, embora consertada” E. Percy Ellis – Os provérbios de Salomão – CPAD. Tomemos, portanto, muito cuidado com aquilo que sai da nossa boca.
As palavras da nossa boca devem ser dirigidas e embasadas na Palavra de Deus. Devemos usar nossa língua como instrumento divino para abençoar vidas. Provérbios 16.24 afirma que nossas palavras devem dar saúde para os ossos. Isto quer dizer que, as Palavras do Senhor curam as enfermidades que debilitam a alma.
O PODER DAS PALAVRAS
As palavras tem o poder de dar vida, de dar ânimo, edificar, revigorar a alma. As palavras tem o poder de abençoar. O centurião creu que apenas uma Palavra de Jesus, e o seu criado seria curado – Mt 8.8. Nos dia dos patriarcas, as palavras abençoadoras dos pais eram grandemente valorizadas pelos filhos, pois, eram palavras que abençoavam.
Entretanto, as palavras também são usadas para fins de maldade. Dependendo do contexto em que são ditas, as palavras podem até gerar a morte. Há pais que usam as palavras para amaldiçoarem os próprios filhos. Cônjuges que as usam para ofender e magoar ao outro.
Tiago afirma que a língua é “um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero”. Daí a necessidade de se ter muito cuidado com aquilo que falamos e quando devemos falar. Tudo aquilo que plantamos colhemos um dia. Assim também, tudo aquilo que sai da nossa boca poderá voltar-se contra nós.
CUIDADOS COM A LÍNGUA
Diz o ditado popular que “quem fala o que quer, ouve o que não quer”. A pessoa que fala impensadamente e de forma imprudente, termina por ouvir o que não se deseja ouvir. Existem pessoas que falam demais sem medir as consequências daquilo que se fala. Salomão aconselha a falar pouco, pois quem fala demais destrói a si mesmo.
A nossa língua deve ser instrumento para glorificar a Deus. Se quisermos que o Senhor Todo-Poderoso, de fato, aceite o nosso louvor, permitamos, então, que a nossa boca seja usada somente como instrumento de bênçãos. E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia - Sl. 35.28. O “espírito do fuxico” não pode existir no meio dos verdadeiros adoradores. O “disse-me-disse” é um dos instrumentos utilizado pelo diabo para semear a intriga e a discórdia entre os irmãos.
Nos últimos tempos, um dos grandes problemas nas igrejas tem sido a fofoca. Ela tem causado terríveis problemas e tem prejudicado muitas pessoas em nosso meio. Desde os remotos tempos encontramos pessoas dominadas pela fofoca no meio do povo de Deus. Esse comportamento sempre trazia contenda no meio do povo. Quando recitava as leis ao povo de Israel, Moisés falou: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” - Lv. 19.16. A palavra “mexeriqueiro” refere-se à fofoca, que pode levar a situações muito perigosas.
A fofoca é vista na Bíblia como contenda e mexerico. Tudo isso, é resultado da soberba, do orgulho, e da inveja. Infelizmente, temos a tristeza de contemplarmos entre nós este mal que cresce a cada dia. Pessoas que não medem esforços para falar mal de seu próximo e até reúnem grupos para fofocarem. No entanto, os fofoqueiros acabam por entrarem em dificuldades porque vive o tempo todo preparando cova para os outros e, terminam por caírem dentro dela, porque a lei da semeadura é bem clara e não muda nunca: “Tudo que o homem plantar isto também ceifará”.
Lembremo-nos do exemplo de Hamã que, por inveja, foi fazer fofoca ao rei Assuero, pretendendo matar os judeus. Mas, aconteceu a Hamã aquilo que escreveu Salomão: “quem abre uma cova nela cairá” - Pv. 26.27.
Quem planta fofoca para destruir os outros vai sempre colher a destruição e ruína para a sua própria vida. Que Deus possa selar os nossos lábios, para que nunca venhamos a falar mal do nosso próprio, e sim, orarmos por eles.
Se não pudermos falar bem do próximo (crente ou não), então, não há porque falar mal dele (a). Tiago exorta a que não falemos mal uns dos outros. Irmãos, não falem mal uns dos outros.
Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz - Tg. 4.11. “Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não, porque o que passa disso é procedência maligna” - Mt. 5.37.
A mentira teve sua origem em satanás, que é o pai da mesma. A mentira é um vício como tantos outros: inicia-se com o primeiro gole, a primeira dose, a primeira tragada, a primeira experiência. E quando menos se espera, torna-se um hábito prejudicial, tanto para a vida emocional, familiar e social como também, e principalmente, para a vida espiritual da pessoa.
A mentira é semelhante a um vírus, que entra na vida da pessoa e a contamina; é contagioso. Mas, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” – Jo. 8.32. “...e o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado”.
Uma pessoa que se diz cristã, e compra e não paga, não pode ser um cristão verdadeiro. O verdadeiro cristão não age assim, porque um dia, creu na verdade - Jo. 14.1b. Ele foi liberto pela verdade - Jo. 8.32. Foi santificado pela verdade Jo. 17.17. Em consequência, tem como característica básica de sua vida, ser uma pessoa que só fala a verdade.
Um homem está diante de um juiz e de um corpo de jurados no tribunal, então, coloca uma de suas mãos sobre a Bíblia e, levantando a outra mão, faz um juramento. Nos próximos instantes, tendo Deus como seu ajudador, ele “falará a verdade, toda a verdade, e nada maia que a verdade”.
Ele é uma testemunha (Pessoa que viu ou ouviu alguma coisa, ou que é chamada a depor sobre aquilo que viu ou ouviu). A sua finalidade é testemunhar, sem diminuir ou acrescentar algo à verdade. A interpretação estará a cargo do banco de jurados. Ao juiz cabe aplicar a pena, quando for o caso. Entretanto, a testemunha, fala a verdade. Somente a verdade. Caso ela faça o contrário, deturpará o resultado do processo.
Todos nós também somos testemunhas. E da mesma forma que a testemunha no tribunal, somos chamados para falar a verdade. A Bíblia está presente, os jurados é o mundo que nos observa o juiz, embora invisível, está sempre a postos (Deus), e nós somos as testemunhas: “E serme-eis testemunhas...” - At. 1.8.
Sim, somos testemunhas. E estamos aqui para falar a verdade. Não podemos distorcer a verdade, e sim, falar a verdade, e tão somente a verdade.
Em determinado momento, a testemunha do tribunal deixa a cadeira de testemunha, entretanto, a testemunha de Cristo nunca faz o mesmo. O tribunal está em sessão constantemente. Para a testemunha de Cristo a mentira nunca é opção. Para Cristo ela nunca foi: “Portanto nunca fez injustiça, nem houve engano na Sua boca” - Is. 53.9. Nenhuma vez vamos encontrar Jesus ocultando ou distorcendo a verdade. Ele nunca foi hipócrita. Contra a hipocrisia só há um antídoto: Falar a verdade. Alguns de nós vivemos no engano. A mentira sempre causa danos terríveis. A mentira de Ananias e Safira, relatada no livro de atos, teve como resultado a morte. Tem acontecido o mesmo com muitos ainda hoje. Não exatamente a morte física, pelo menos não em todos os casos. Muitos têm “matado” um casamento, uma carreira profissional e até mesmo a fé. Tudo porque não se fala a verdade. A verdade algumas das vezes nos incomoda, por isso, preferimos não praticá-la à risca.
“Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor” - Pv. 12.22. “Destruirás aqueles que proferem a mentira” - Sl. 5.6. O verdadeiro adorador não usa seus lábios para proferir mentiras. Ele fala a verdade, e nada mais que a verdade. O verdadeiro adorador só usa seus lábios para glorificar a Deus. Jamais empresta seus lábios para que satanás possa usar.
“As palavras dos bons são como uma fonte de vida, mas as palavras dos maus escondem a sua violência”. Quem disse isto foi o sábio Salomão no capítulo 10 e versículo 11 do livro de Provérbios.
Dentre muitos ensinos do livro de Provérbios, destacamos um assunto muito importante para os adoradores de Deus: o cuidado com as palavras que se fala. O sábio nos oferece alguns conselhos, para sermos bem-sucedidos no uso das palavras:
* Fale a verdade. Afinal, a verdade sempre prevalece, e a mentira, acaba por vir à tona: “O que eu digo é verdade, pois odeio a mentira” - 8.7. “A mentira tem vida curta, mas a verdade vive para sempre” - 12.19.
* Fale pouco: “Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida, mas quem fala demais destrói a si mesmo” - 3.3. “Quanto mais você fala, mais perto está de pecar; se você é sábio, controle a sua língua” - 10.19.
* Pense antes de falar: “Há mais esperança para um tolo do que para uma pessoa que fala sem pensar” - 29.20.
* Fale no tempo certo: “a palavra certa na hora certa é como um desenho de ouro em cima de prata” - 25.11.
Jesus Cristo afirmou que “a boca fala daquilo que o coração está cheio”. Por isso, deve-se ter cuidado com o que falar. Nós estamos cercados por muitas testemunhas, e com isso, somos julgados pelo que falamos. Portanto, cuidado com o que falar, pois, “o que você diz pode salvar ou destruir uma vida; use bem as suas palavras e você será bem recompensado” - Pv. 18.21.
O BOM USO DA LÍNGUA
A mais sábia decisão é usar a nossa língua para adorarmos a Deus. Ajudar nossos irmãos com palavras de consolo, exortação e bons conselhos e ensinar a Palavra de Deus. “E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia” Sl 35.28. Este é o segredo para uma vida agradável ao Senhor.
Jonh Stott afirma: “Na nova comunidade de Jesus as maldições devem ser substituídas por bênçãos; a malicia, por oração; e a vingança, por serviço. De fato, a oração purga o coração da malicia; os lábios que abençoam não podem ao mesmo tempo, amaldiçoar; e a mão ocupada com serviços fica impedida de se ocupar com vingança”.
Usemos nossa língua não como instrumento maligno, e sim, para o engrandecimento do reino de Deus!
MOISÉS DUARTE
A paz do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
ResponderExcluirolha irmão muito ótimo o seu modo de falar da palavra de Deus.mas eu só queria saber porque muitos citam Salomão como um homem sábio,eu tenho um pouco de dúvidas pois meu modo de ver a sabedoria dele era humana pois se ele tivesse pedido a Deus a sabedoria divina ele não teria feito o que fez.o único exemplo de seguir é Cristo porque Salomão falava mas pecou como todos pecaram mas Cristo ensinou e nunca pecou portanto acho que os cristãos devem deixar de falar de Davi Salomão porque o único exemplo a seguir é O Senhor JESUS CRISTO.amem.me perdoe o meu jeito de mim expressar e o meu português não muito bom mas sei que vc me entendeu.Deus abençoe cada dia mais toda sua família amem.