Na sociedade em geral, o divórcio tem gerado polêmicas. Infelizmente, aumenta a cada dia o número de divórcios entre os cristãos.
Dados
Estatísticos
Quarenta
anos após a instituição da lei do Divórcio no
Brasil, um a cada três casamentos termina em separação no país. É o que mostram
os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Um balanço feito com dados do instituto entre
1984 e 2016 aponta ainda que o número de dissoluções disparou com o passar dos
anos.
Apesar de
a Lei do Divórcio vigorar desde 1977, os dados sobre o tema só começaram a ser
incluídos nas estatísticas anuais de Registro Civil na década seguinte. Até
aquele ano, o desquite era o dispositivo legal, mas não possibilitava uma nova
união formal. O levantamento aponta mais de 7 milhões de dissoluções
registradas no país entre 1984 e 2016, ou 580 divórcios por dia, ante 29
milhões de matrimônios. No período, os casamentos subiram 17%. Já os divórcios aumentaram
269%
Entre as
27 unidades da federação, 20 tiveram queda nos registros civis, com destaque
para Piauí (-13,2%), Alagoas (-12,5%) e Paraíba (-11,3%). Na contramão, o
Amapá teve um aumento de 20% no número de casamentos em 2016.
Dos
1.095.535 casamentos em 2016, 99,5% ocorreram entre pessoas de sexos opostos
(1.090.181) e 0,5% entre pessoas do mesmo sexo (5.354) — esse tipo de
matrimônio foi autorizado pela Resolução 175 do CNJ (Conselho Nacional de
Justiça) de 2013.
63% das
pessoas que se divorciam, se arrependem-se depois.
Casamento
na adolescência é o maior fator de risco de divórcio.
Morar junto antes do casamento não proporciona uma
“fase de teste” válida. Pessoas com várias experiências de coabitação antes do
casamento demonstraram possuir uma propensão maior a conflitos no casamento,
infelicidade conjugal e eventual divórcio do que aquelas que não moraram juntas
antes.
Pessoas
casadas experimentam uma satisfação emocional e física maior em sua vida sexual
do que os solteiros ou aqueles que apenas coabitam. Ao contrário do que a mídia
tenta nos empurrar goela abaixo, de que o sexo no casamento acaba se tornando
chato e sem graça, os índices de satisfação sexual reportados pelos casais
casados foram muito superiores aos reportados pelos solteiros sexualmente
ativos e até pelos que coabitam.
O que é o Divórcio
O
divórcio é a quebra de uma aliança feita na presença de Deus.
O
divórcio é rejeitar alguém que um dia foi imensamente desejado(a).
“Qualquer
casamento pode dar certo quando os dois estão dispostos a mudar. Quando você
muda, tudo muda ao seu redor” Josué Gonçalves.
Vale
salientar que já é grande o número de divórcios no meio evangélico, e que esses
raramente se preocupam em considerar o assunto segundo a Bíblia.
Fazendo uma
breve pesquisa com evangélicos, a causa mais aparente para a separação dos
casais, tem sido, surpreendentemente, a traição.
O
divórcio não foi instituído por Deus. Jesus é enfático ao afirmar que o
divórcio foi permitido e não instituído por Moisés devido a dureza do coração
dos homens e de sua obstinação.
Quando o divórcio é permitido?
De
uma maneira geral ao crente não é permitido o divórcio e o casar-se outra vez.
Por infidelidade Conjugal:
“Embora
o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel
contra o cônjuge ofendido, que este tem o direito de pôr fim ao casamento
mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo
com um crente” Bíblia de Estudo Pentecostal
Com
isto não devemos descartar a possibilidade do perdão. A Lei de Moisés prescreve
as razões para o divórcio em termos tão gerais que torna-se difícil explicar os
motivos que o justificam.
Casais Mistos
12 Aos
outros, eu mesmo digo isto, não o Senhor: Se
um irmão tem mulher descrente, e
ela se dispõe a viver com ele, não se
divorcie dela. 13 E, se uma mulher tem marido
descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se
divorcie dele. 14 Pois o marido descrente é
santificado por meio da mulher, e a mulher
descrente é santificada por meio do marido. Se
assim não fosse, seus filhos seriam
impuros, mas agora são santos. 15
Todavia, se o descrente separar-se, que
se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica
debaixo de servidão;
O texto fala agora de cristãos que poderiam ser
abandonados pelos cônjuges descrentes. A ênfase é fazer o possível para
continuar casado. Mas se o descrente resolvesse separar-se, o cristão não seria
culpável.
Motivos que ensejavam o divórcio
Por qualquer Motivo
Dt
24. 1 Quando um homem tomar uma
mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos,
por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará
na sua mão, e a despedirá da sua casa. Não era por infidelidade visto que a
adúltera deveria ser morta – Lv 20. 10; Dt 22. 20-22. “Coisa feia” era algo na
mulher que não agradava ao marido. Neste caso, a separação poderia ocorrer por
casos banais, injustificáveis.
Então chegaram ao
pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua
mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido
que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, E disse: Portanto,
deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só
carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou
não o separe o homem.
Note-se que a pergunta inicial não questionava o divórcio em
si, mas se ele era lícito por qualquer motivo. Eles queriam dizer que o Mestre
estava a contrariar a Lei de Moisés. Com a resposta dada, Jesus mostrou que
Moisés estava visando proteger as mulheres do abandono pelos seus maridos de
coração duro, o que as exporia à prostituição e à miséria. Com a carta estariam
livre para uma outra união. Entretanto, deixou claro que se tratava de caráter
permissivo e de exceção. Ao contrário dos que administravam o divórcio por
qualquer motivo Ele afirma: Eu vos digo,
porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação,
e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também
comete adultério.
Deus não gostava que “fossem repudiadas”. O profeta Malaquias com seu coração quebrantado
instou com o povo de Deus para deixar essa prática. Ouçam Malaquias a implorar
com eles. A palavra traduzida por “repudiando” em Mal. 2:16 não é a palavra
hebraica para “divórcio”, que é shalach (repudiar): “E direis: Por que? Porque Jeová tem testificado entre ti e a mulher da
tua juventude, contra a qual tens sido desleal, sendo ela tua companheira e a
mulher do teu pacto. Não os fez um, havendo abundância de espírito? E por que
um? Porque buscava uma descendência para Deus. Guardai, pois, em vossos
espíritos e não sejais desleais”.
Apoluo, termo grego com o sentido de “deixar de
lado” ou “repudiar”, não significa tecnicamente divórcio. Naquela era de total
domínio masculino, os homens geralmente tomavam outras esposas e não davam
carta de divórcio quando as abandonavam, e casavam-se com outras. A lei judaica
que requeria carta de divórcio (Dt. 24:1, 2) era por demais ignorada. Se um
homem se casasse com outra mulher, o que importava? Se um homem “repudiava”
(apoluo) sua esposa e não se incomodava em dar-lhe carta de divórcio, quem iria
se opor? A mulher?
Jesus tinha algumas objeções a isso. Ele disse:
“Todo aquele que repudia a sua mulher e se casa com outra, adultera; e aquele
que se casa com a mulher repudiada, adultera” (Lc. 16:18)
A diferença entre “repudiar” e “divorciar”, entre
o grego apoluo e apostasion, é séria. Apoluo indicava que a mulher era escrava,
repudiada, sem direitos, sem recursos, desprovida do direito básico do
matrimônio monogâmico. Apostasion significava que o casamento havia terminado,
o que permitia um matrimônio legal subseqüente. No papel existe a diferença. E
a mulher que havia saído de casa, podia ir-se e casar com outro homem (Dt.
24:2). Essa era a lei. Jesus empregou uma forma da palavra apoluo 11 vezes e em
todas elas proibiu o apoluo--repúdio. Ele nunca proibiu o apostasion, carta de
divórcio, requerida pela lei judaica.
Mateus 19:3-10 fala que os fariseus perguntaram a
Jesus sobre este assunto, dizendo: “Assim,
que não sendo dois, mas uma só carne; portanto, o que Deus uniu, não o separe o
homem” Eles então perguntaram: “Por que Moisés ordenou que se desse uma
carta de divórcio (apostasion) ao repudiar a mulher?” Jesus replicou: “Por
causa da dureza dos vossos corações”.
Jesus disse àqueles homens que, quem repudiasse a
sua esposa e se casasse com outra, cometia adultério! ADULTÉRIO!!!
Parece que o lugar onde constava apoluo foi
traduzido erroneamente por “divórcio” A Versão Americana Stardard corrigiu o
erro em 1901. Não chegou a ser suficientemente popular para fazer muita
diferença.
Carta de divórcio
Era um documento legal, fornecido pelo marido à
mulher repudiada. Esta, então, ficaria livre para casar-se de novo - Dt 24.2.
Disseram-lhe eles:
Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes
ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar
vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que
qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar
com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério.
Ao contrário do repúdio, a carta de divórcio, que provém da
lei, provê um benefício de dignidade humana para mulheres sujeitas ao abuso
cruel, poligamia adúltera, e os caprichos dos homens de coração duro. Não
existe algo de tão grande impacto como “desejo divorciar-me de você”, não é
verdade? O divórcio declara o término legal do casamento, e havendo qualquer
situação de adultério ou bigamia, qualquer das partes pode voltar a se casar. O
divórcio rompeu a aliança matrimonial e todo o controle sobre a esposa
anterior. O divórcio requeria estrita monogamia e prevenia contra o término
unilateral, preservando o direito fundamental de casar-se. O divórcio faz o
mesmo hoje em dia. Abandono, negligência, deserção, ou como se queira chamar ao
coração duro que deixa sua mulher por outra mulher, sem divorciar-se, foram
estão proibidos pelo Senhor Jesus Cristo (Mat. 19:9; Mat. 5:32; Mar. 10:11,12;
Luc. 16:18).
Por
dois motivos a Lei proibia o homem
de conceder o divórcio:
1. Quando
a esposa fosse acusada falsamente de pecado sexual pré-marital pelo marido – Dt
22. 13-19
2. Quando
um homem desvirginasse uma jovem, e o pai dela compelisse a desposá-la – Êx 22.
16,17; Dt 22. 28,29.
Como deve ser nossa Posição ante a tais fatos:
O divórcio não faz parte do propósito original de Deus para o
homem. No entanto, é preciso ter um olhar de compaixão sobre as pessoas que
passaram pelo processo de separação.
“Jesus foi claro em dizer que o divórcio nunca
fez parte do propósito original de Deus para o homem. Isso não quer dizer que
Deus deixou de amar ou continuar a ter um plano para essas pessoas”, Josué
Gonçalves
“Deus sempre tem um plano para os que saem do plano.
Ele jamais desiste de nós. Se não fosse assim, estaríamos irremediavelmente
perdidos”, acrescentou. “Pessoas divorciadas não devem ser condenadas, nem
aduladas, mas ajudadas com a sabedoria a alcançar a aprovação de Deus”.
Olhando para a Bíblia, Josué observa que Deus
sempre investe em Sua aliança com o povo. “Ele ama o casamento. Deus jamais escolheu o caminho do divórcio, pois Ele é
um Deus flexível e reconciliador”, afirma. “A essência da redenção que o
Evangelho proporciona reside no espírito de reconciliação”.
A igreja
deve, buscando ao Senhor, sempre ajudar a salvar os casamentos em perigo,
enquanto procura desestimular o divórcio.
“Pessoas divorciadas não devem ser condenadas, mas ajudadas”
M.D.
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