LIÇÃO Nº 06 – A GRANDE TRIBULAÇÃO

 


Na sequência dos eventos escatológicos, enquanto no céu ocorrerá o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro para a igreja, na terra, acontecido o arrebatamento, dá-se início ao período assim chamado de Grande Tribulação. Sem dúvida será um tempo sem precedentes na história da humanidade onde a mesma será provada. Será o pior período da história da humanidade. No livro do Apocalipse, dos 22 capítulos, 13 são destinados a narrar detalhes deste acontecimento.

 

Jesus falou que será um sofrimento “[...] como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21), mas não com o interesse de amedrontar as pessoas, fazendo-as desesperarem-se ante à expectativa dos castigos vindouros, mas apenas as alertar de que haveria o fim de todas as coisas”. Reynaldo Odilon

 

De forma específica, a Tribulação como evento escatológico consiste em dois períodos para os que aqui ficarem, tendo um primeiro período que durará três anos e meio e um segundo de igual tempo. O primeiro conhecido simplesmente como Tribulação e o segundo, como Grande Tribulação que será a pior fase da história.  Será o período no qual a ira do Senhor, se manifestará contra os ímpios e adoradores da Besta (Ap 6. 16,17).

 

Faz sentido se tomarmos como base os símbolos e intensidade com que se darão os eventos. Nos Selos há os eventos relativamente moderados acontecendo. Nas trombetas os anjos anunciam Juízos mais intensos. Mas as TAÇAS são chamadas de taças da IRA de Deus.

 

Há uma discussão se a igreja passará ou não pela grande tribulação. Aqui as opiniões se dividem, visto que muitos defendem que a igreja estará aqui sim.

 

As linhas interpretativas definem como se darão os acontecimentos e quem estará aqui. São elas:

 

a) O Pré-tribulacionismo: A igreja será arrebatada ANTES da tribulação de acordo com Ap. 3.10.

b) O Meso-tribulacionismo: A igreja irá até a METADE da tribulação, quando será arrebatada.

c) O PÓS-tribulacionismo: A igreja passará por todo o período tribulacional.

 

É chamado no antigo testamento de "Dia da ira"; "Dia de trevas"'; "Dia da vingança do nosso Deus"; "Dia do Senhor"

 

A IGREJA PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO?

 

A Palavra de Deus afirma claramente que a igreja não passará pelo período tribulacional. Muitas evidências há de que a igreja será poupada desse juízo:

 

“E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”. 1 Tessalonicenses 1:10

 

“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” Apocalipse 3:10. A promessa de livramento da tentação mundial é extensiva à igreja.

 

“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.” Lucas 21:36. Notemos: “escapar” e não “participar”.

 

Durante esse tenebroso período a igreja estará com Cristo sendo galardoada e celebrando o casamento com Ele, depois retornará em glória na segunda fase da Sua vinda.

 

O TEMPO DA TRIBULAÇÃO

 

Durará um período de sete (07) anos. Será na septuagésima semana da visão escatológica de Daniel (Dn 9. 24-27). Deus havia determinado um período de setenta semanas de anos para completar a Sua obra entre os Judeus, o Seu povo escolhido (Dn 7. 15-27). Ao final da sexagésima nona semana, quando os Judeus crucificam o seu Messias (veio para os que eram Seus, mas eles não O receberam), o relógio da dispensação judaica foi parado. Abre-se uma nova dispensação, chamada de Dispensação da Graça ou Tempo dos Gentios (Rm 8. 25,26). Há então, um lapso temporal indefinido. Essa pausa terá fim com a vinda de Jesus nas nuvens a fim de arrebatar o Seu “novo” povo. Por tal razão, Paulo diz que, pela queda dos judeus, veio a salvação aos gentios (Rm 11.11).

 

É quando se iniciará a septuagésima semana descrita por Daniel. É nesse período que o Anticristo se manifestará ao mundo (Dn 9. 27). Sabendo que a vinda de Jesus nas nuvens, a fim de arrebatar a Sua igreja é o que inicia a Tribulação, podemos afirmar com convicção que a igreja não enfrentará esse juízo. De Daniel 9.27 também podemos compreender que a duração desse período será de 7 anos. É um tempo de grande provação para ISRAEL e o MUNDO.

 

HAVERÁ SALVAÇÃO NA GRANDE TRIBULAÇÃO?

 

Há uma discussão se o ESPÍRITO SANTO estará ou não agindo nesta terra nesse período.

O Espírito Santo trabalhará dentro e por meio de homens. Só se insiste em que os ministérios exclusivos do espírito Santo ao crente presente neste século ( batismo, habitação, selo e enchimento) terminarão. Já que todos os ministérios do Espírito para o crente hoje dependem da Sua presença habitando nele, todos os ministérios dela dependentes estarão ausentes em relação aos santos da tribulação”. - Dwight Pentecost

 

Há outra discussão que trata SE haverá salvação durante a grande tribulação. A resposta está na própria palavra de Deus, (ap. 7.14). Deus dará aos homens mais uma oportunidade de se salvarem, porém, não será mais por meio de Sua Graça. Será de forma muito difícil, pois os poderes da tríade satânica estará em real manifestação  e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação, ainda assim, será possível (Ap 6.9-11; 7.9-17; 12.12,17; 14.1-5; 20.4). Apocalipse 7.14 fala de uma multidão de salvos desse tenebroso período, os quais lavarão suas vestes no sangue do Cordeiro.

 

OS JUÍZOS DIVINOS DURANTE A TRIBULAÇÃO

 

Todo o período tribulacional se caracteriza pelos juízos derramados pelo Senhor àqueles que aqui ficarem. Muitos juízos serão derramados sobre a terra, descritos como selos, trombetas e taças. João viu um livro “ escrito por dentro e por fora” com sete selos. A abertura dos selos pelo Filho de Deus dá início ao desdobramento do juízo divino. Quando os primeiros quatro selos são abertos, quatro cavaleiros entram em ação. Bilhões de pessoas morrerão ainda nessa primeira etapa da Tribulação.

 

Quem são os quatro cavaleiros? A passagem dos quatro cavaleiros é uma descrição inicial do primeiro período da ira de Deus sobre a terra.

O cavaleiro do cavalo branco – se refere ao Anticristo, a quem autoridade vai ser dada para dominar todos os que se opuserem a ele. A cor branca, nesse caso, representa a falsa paz que ele trará nos primeiros três anos e meio.

O cavaleiro do cavalo vermelho -  refere-se às guerras que acontecerão nesse período. O vermelho representa sangue, ou seja, muito sangue será derramado. Haverá uma terrível guerra mundial. O inimigo atacará Jerusalém, e os judeus são aconselhados a fugir para as montanhas (Mt 24.16).

O cavaleiro do cavalo preto – provavelmente como resultado das guerras do segundo selo. Haverá uma grande fome mundial e quem não tiver o selo da Besta não poderá comprar e nem vender (Ap 13. 17,18). A comida será escassa. A cor preta representa a fome, pestes e doenças na terra.

O cavaleiro do cavalo amarelo – o quarto cavaleiro é símbolo da morte e devastação. Acontecerá em decorrência dos flagelos anteriores. Será um verdadeiro genocídio mundial

 

Estes quatro cavaleiros são apenas precursores de julgamentos ainda muito piores.

 

Os últimos selos.

O quinto selo representa a morte dos santos martirizados por causa de sua fé em Jesus. Estes serão salvos.

O sexto selo fala das grandes convulsões que abalarão a terra. Não se sabe quantos morrerão nesse evento.

O sétimo selo será aberto quando o mundo já estará passando pela segunda metade da Grande Tribulação e sete anjos tocarão sete trombetas. Serão mais sete juízos terríveis que cairão sobre a terra.

 

As trombetas.

Quando os anjos tocam cada uma das trombetas vários acontecimentos catastróficos acontecem.

A primeira trombeta representa um juízo que cai sobre a terra e mata um terço de seus habitantes.

A segunda trombeta representa um juízo que cai sobre o mar e mata um  terço da população marinha.

A terceira trombeta representa um juízo que cai sobre rios e fontes de águas causando contaminação.

A quarta trombeta representa um juízo sobre o sol, lua e estrelas.

A quinta trombeta retrata um indivíduo fortalecido pelo inferno, que pode lançar sobre a terra tormentos de dimensão sem precedentes.

A sexta trombeta, aparece como um grande exército liberado para marchar com força destrutiva sobre a terra.

A sétima trombeta prepara o retorno de Cristo e a destruição de todos os poderes hostis na conclusão do plano da campanha de Armagedom.

 

As taças.

Representam as últimas pragas ou juízos de Deus. Os últimos e mais terríveis juízos que serão derramados. É o derramamento da ira divina. Sete anjos são encarregados de derramar esses juízos terríveis sobre os homens que rejeitaram a Cristo. A primeira será derramada sobre os homens, os fazendo enfermar. A segunda e a terceira, sobre mares e rios transformando as águas em sangue. O mar torna-se morto. A quarta será derramada sobre o sol, que irá super aquecer. A quinta será derramada sobre o trono da Besta e seus seguidores morderão a língua de tanta dor. A sexta sobre o rio Eufrates, a fim de fazê-lo secar e prepara o caminho para os reis do Leste, a fim de que, com os exércitos da Besta tenham acesso ao vale do Armagedom. A sétima taça será derramada sobre o ar, será então, ouvida uma grande voz do Trono de Deus; “Está feito”. Acontecerá o maior terremoto de todos os tempos, levando à morte muitas pessoas à medida que experimentam o Furor da sua ira” (Ap 16.19).

 

CONCLUSÃO

 

Em Apocalipse 6.8, ao cavaleiro do cavalo amarelo foi dado poder para matar 25% da população mundial. Com os toques da 1ª, 2ª e 3ª trombetas (Ap 8.7-10), será queimada 1/3 da vegetação do planeta, afundar-se-á 1/3 das embarcações marítimas, e morrerão muitos homens, porque 1/3 das fontes de água doce tornar-se-ão inservíveis. Com a 5ª trombeta, haverá tanto sofrimento que os homens vão querer morrer, mas não conseguirão (Ap 9.6). Ao tocar a 6ª trombeta, 33% dos que habitam na Terra morrerão (Ap 9.18). Quando foi derramada a 1ª taça da ira de Deus, todos os que seguiram o Anticristo (a grande maioria das pessoas) ficaram com “uma chaga má e maligna” (Ap 16.2); e, quando foi derramada a 5ª, os homens, de tanto sofrimento, mordiam a língua de dor; na 7ª taça: “Caíram sobre os homens, vindas do céu, enormes pedras de granizo, de cerca de trinta e cinco quilos cada” (Ap 16.21, NVI). Vamos fazer uma conta rápida: no mundo, existem mais de 7,8 bilhões de pessoas. Suponhamos que Jesus voltasse em 2021 e os flagelos da Grande Tribulação começassem em pouco tempo. De logo, pela ação do cavaleiro do cavalo amarelo, morreriam 1,95 bilhão de indivíduos, reduzindo a população do mundo para 5,85 bilhões, e, ao soar a 6ª trombeta, mais 33% da população seria morta, ou seja, 1,94 bilhão, reduzindo o número de habitantes da Terra. Só com esses dois juízos, a população restante seria de 3,91 bilhões, ou seja, em um curto espaço de tempo, cerca de metade das pessoas morrerá, sem contar nos milhões de mortes pelas outras causas mencionadas. No auge da aflição, os homens buscarão a morte, mas ela fugirá deles. Isso é um típico modelo de situação desesperadora. Todavia, como dito e repisado, o objetivo de Deus nunca foi alarmar as pessoas, fazê-las prisioneiras do medo, assustadas, traumatizadas, mas simplesmente as alertar para as consequências que certamente advirão ao mundo sem Deus no fim dos tempos.” – Reynaldo Odilo.

 

Ao final deste período, quando Jerusalém estiver cercada pelos exércitos das nações que serão aliadas do Anticristo, quando parecer que Israel será exterminado, nesse momento, se arrependerão e, invocarão ao Senhor pedindo-lhe socorro. O Senhor surgirá no céu, vindo como seu Libertador e vingando-se de seus inimigos.

 

Jesus falou que será um sofrimento “[...] como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21), mas não com o interesse de amedrontar as pessoas, fazendo-as desesperarem-se ante à expectativa dos castigos vindouros, mas apenas as alertar de que haveria o fim de todas as coisas.

 

REFERÊNCIAS

 

PENTECOST, J Dwight. Manual de Escatologia. Vida.

BERGSTÉM, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD

ODILO, Reynaldo. Jesus Cristo Voltará. CPAD

ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal – (Escatologia). CPAD


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Autor MOISÉS DUARTE

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