PRINCÍPIOS BÍBLICOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Pv 22.6 

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. ARC

 “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. ACF

 “Ensine seus filhos no caminho certo, e, mesmo quando envelhecerem, não se desviarão dele.” NVT

 “Mostre a direção da vida para seus filhos – e, mesmo quando forem velhos, eles não se perderão”. A MENSAGEM

 “Ajude seu filho a formar bons hábitos enquanto ainda é pequeno. Assim, ele nunca abandonará o bom caminho, mesmo depois de adulto”. VIVA

 “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”. NVI

  

A educação cristã de nossos filhos é uma responsabilidade intransferível e pessoal dos pais com o apoio e assistência da igreja.

 

Criar os filhos no mundo moderno é realmente um grande desafio.

 

Seguindo o conselho de Provérbios 22.6, podemos poupar-nos de muito sofrimento, perante os vários desafios da criação de filhos que encontramos no mundo moderno.

 

Quando falamos em “criar” filhos, podemos encontrar dois significados para este verbo.

A primeira concepção é de “dar sustento, garantir a sobrevivência; sustentar, alimentar”. Segundo, a concepção de “criar” é de “promover a educação; educar, instruir”.

Nesse ponto, há uma diferença entre “criar” e “educar”.

 

O que significa educar?

Segundo o dicionário é transmitir saber a; dar ensino a; instruir. dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade.”

Deduzimos então, que isso envolve uma pessoa mais experiente (a que tem o conhecimento) e outra menos experiente (a que irá recebê-lo). Se os filhos chegassem a esse mundo sem ninguém para orientá-los, tendo de se virar por conta própria, é bem provável que não durariam muito tempo. “O ensino dos sábios é fonte de vida, e afasta o homem das armadilhas da morte” Pv 13.14. Por isso Deus nos escolheu para ensiná-los.

 

Muitos estão criando os filhos no caminho em que devem andar, mas se descuidaram de ensiná-los no caminho em que devem andar.

 

1. Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir;
2. Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados.
3. Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o Senhor Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
4. Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
5. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
6. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7. E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
8. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.
9. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.
Deuteronômio 6:1-9

 

 

Educar os filhos não é tarefa fácil. Porém, Deus nos confiou essa tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos pais têm terceirizado a educação dos filhos e isso tem enfraquecido a família cristã. Ainda que contemos com o auxílio da igreja, a responsabilidade primária é dos pais em educar seus filhos.

 

Alguns dos desafios modernos dessa tarefa podem ser os seguintes:

 

O desafio da correria. Nos dias de hoje o tempo parece passar cada vez mais rápido. Essa corrida contra o tempo contribui para o surgimento de uma série de conflitos entre pais e filhos.

Consideremos alguns dados:

Nos últimos cinqüenta anos, os almoços que duravam cerca de 1 hora, hoje, levam em média 37 minutos. As famílias que tiram férias juntas caíram em 28% nos últimos vinte anos, isso quando tiram férias. Televisão no quarto da criança, internet e música, reduziram as conversas familiares em mais de 70% nos últimos 50 anos.

 

Num ambiente onde não há diálogo, se torna inviável a transmissão de conceitos.

 

O desafio da internet. Não é possível deixar de notar a relação que existe entre esse corre-corre diário e a presença cada vez mais consolidada do mundo virtual no nosso cotidiano. Até as palavras são escritas em códigos e corremos o risco de, em breve, ter uma geração que, além de não saber escrever, perderá a sua identidade e integridade, vivendo o virtual como se fosse real.

 

O desafio da ansiedade. Nos dias de hoje os jovens ficam impacientes quando ficam sem ter o que fazer com muita facilidade. O imediatismo, derivado da vida corrida e da comunicação instantânea da era digital, nos presenteia com filhos que não sabem esperar e desfrutar da quietude.

Nesse quesito vale a pena incluir os pais, que muitas vezes se mostram ansiosos quanto ao futuro dos filhos. Fp 4.6,7 “Não andem ansiosos...”

 

 

A responsabilidade é grande e, talvez isso nos assuste um pouco. No entanto, não estamos sozinhos, o próprio Deus nos ajuda. O que precisamos é de tão somente seguir princípios que Ele estabelece em Sua Palavra.

 

Uma Bíblia judaica traduz assim as recomendações dos versos 8 e 9: “Amarre [estas palavras] com um sinal sobre sua mão e deixe-as como um emblema no centro de sua cabeça. Escreva-as [nos pergaminhos afixados] nos batentes de suas casas e portões” (Deuteronômio 6.8-9).

 

À luz do quadro contemporâneo e à luz da proposta divina, como aclarada em Deuteronômio 6.1-9, quero propor um pacto pela formação de nossos filhos. Falo aos pais, sobretudo, mas também àqueles que têm crianças sob sua responsabilidade, em casa, na escola e/ou na igreja.

 

1. Aceite que há valores de valor eterno que devem ser vividos e ensinados. Não há dúvida que há valores. Os valores eternos estão na Bíblia e foram sintetizados pela boca e pela vida de Jesus Cristo, não um mestre como outros, mas o Filho de Deus feito ser humano.
A Bíblia nos ensina que há um único Deus (“O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor”  — Deuteronômio 6.4), revelado de modo completo em Jesus. A Bíblia nos ensina que Este Deus único nos ama e nos propõe um estilo de vida capaz de nos fazer realmente felizes enquanto indivíduos, famílias e nações (Deuteronômio 6.2). A Bíblia nos ensina que devemos amar a Este Deus Único “de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todas as nossas forças” (Deuteronômio 6.5).

 

Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos nocivos à fé cristã, já fazem parte do currículo de muitas escolas. Por isso não podemos negligenciar a educação de nossos filhos. Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis: milhares de adolescentes grávidas, aumento de doenças sexuais, aumento de criminalidade e uma sociedade cada vez mais depravada e distante de Deus.


As crianças, embora não sejam tábuas rasas, precisam aprender. Esta tarefa cabe aos pais.

 

2. Assuma que lhe cabe viver e ensinar esses valores. Esses valores nos foram deixados para que nós os vivêssemos e os ensinássemos. Eis o que lemos: “Esta é a lei, isto é, os decretos e as ordenanças, que o Senhor, o seu Deus, ordenou que eu lhes ensinasse, para que vocês os cumpram” (Deuteronômio 6.1a). Não terceirize sua função. O Estado tem o seu papel; ele, por exemplo, não conseguirá ensinar disciplina a uma criança, se os seus primeiros modelos (os pais) não conhecem esta palavra. A igreja tem o seu papel; dificilmente a igreja conseguirá incutir na criança ou no adolescente o interesse pela leitura da Palavra de Deus se nunca vê seu pai com a Bíblia aberta em casa.

Cada um de nós tem um papel nesta formação. O que nos cabe não devemos, nem podemos transferir para outro. O que é para ser aprendido em casa é para ser aprendido em casa.
Por isto, o sábio da Bíblia recomenda: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos a não se desviará deles” (Provérbios 22.6).

 

A BATALHA PELOS VALORES. Em decorrência deste quadro, convivemos com a disseminação de uma série de valores, que se contrapõem aos valores que, segundo entendemos de nossa leitura consciente da Bíblia, são propostos por Deus para a felicidade do ser humano.

 

Assim, que valores os filhos deste começo de século vão ouvir como sendo últimos?

Suponho que os seguintes:

. cada pessoa deve fazer tudo o que puder para ser feliz, mesmo que isto possa implicar na quebra de compromissos. (Soará cada vez mais estranho que uma pessoa deve se sacrificar pelo bem-estar da coletividade. Logo, a idéia cristã de serviço ao próximo carece de sentido.)

 

. cada pessoa tem o direito de viver a sua sexualidade na intensidade que desejar, com quem quiser, mesmo que com pessoa do mesmo sexo, com ou sem o compromisso do casamento. (Soará cada vez mais estranho que a sexualidade deve ser vivida segundo valores morais, mesmo que biblicamente estabelecidos; logo, cada pessoa estabelece suas próprias regras, ao sabor dos seus desejos.)

 

. cada pessoa pode escolher sua própria religião, embora o ideal seja que não tenha nenhuma, mas nenhuma delas tem o direito de se anunciar como verdadeira. Cresce a convicção, de que a religião cristã é um erro poderoso e convincente. O ideal, segundo outros autores, é o ateísmo, já que, toda religião organizada, inclusive e principalmente o cristianismo, é feita de crueldade, tirania e repressão. Dissemina-se, assim, cada vez mais a idéia que Jesus não pode ser afirmado com o Salvador do mundo, embora possa ser ouvido como um mestre para os seus seguidores. (Soará estranho que uma religião queira se apresentar coma a verdadeira em detrimento de outras; logo, nos termos cristãos, pregar o Evangelho é algo inaceitável, por pressupor a existência de uma verdade absoluta no campo da fé.)

 

Serão tais valores universalmente aceitos?

A resposta dependerá do que fazemos com os nossos filhos hoje, em casa, na igreja e na sociedade.
Inclusive a igreja precisa ampliar a geografia do seu alcance. As famílias não devem ensinar seus filhos em casa para evitar o contágio da sociedade. Isolar as crianças não as protege. Elas vão ter que viver no mundo e só existe este mundo que conhecemos.

 

Mesmo contra todas as ondas, essa deve ser a nossa escolha: viver e ensinar os valores que Deus nos deixou na Sua Palavra. Eles são bons para nós.

Moisés insistiu na tarefa educacional dos pais: “Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservem-nas por toda a sua vida na memória. Contem-nas a seus filhos e a seus netos. Lembrem-se do dia em que vocês estiveram diante do Senhor, o seu Deus, em Horebe, quando o Senhor me disse: ‘Reúna o povo diante de mim para ouvir as minhas palavras, a fim de que aprendam a me temer enquanto viverem sobre a terra, e as ensinem a seus filhos’” (Deuteronômio 4.9).

 

3. Viva aquilo que você crê/prega. A recomendação bíblica soa eloqüente: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração” (Deuteronômio 6.6). Nós vivemos o que cremos e não o que dizemos crer. Nossos cônjuges podem conviver com nossas incoerências, mas nossos filhos não sabem fazê-lo. Nossos filhos não nos ouvem: nossos filhos nos vêem e nos imitam. Seu caráter não vem de nossos ensinos; seu caráter vem de nossas vidas. Se você bebe em casa ou em festas, não adianta falar do perigo do álcool; seu filho tenderá a fazer o que vê você fazer. Se você não é fiel ao seu cônjuge, não espere que  seu filho o seja.
Nossos filhos vêem dentro de nosso coração, a partir do que sai dele em nosso comportamento. Nossos filhos vêem e fazem. Se os princípios eternos não estão no seu coração, ponha-os, para vivê-los, e seus filhos também.

 

4. Faça da igreja sua parceira na formação dos filhos. Sua igreja quer ser sua parceira na formação de seus filhos. Torne-a sua parceira.

Para que sua igreja seja parceira na formação de seus filhos, traga suas crianças, com assiduidade e pontualidade para as atividades na igreja. Não falte. Procure não chegar atrasado.
Lamentavelmente, muitos pais vão à igreja sem seus filhos, ou os mandam sozinhos. Eles devem ser persuadidos, com amor, a vir à casa de Deus. A educação cristã começa no lar e é fortalecida na igreja. A escola dominical é a maior e mais acessível agência de educação cristã das igrejas evangélicas. Abrange todas as faixas etárias.

 

5. Comprometa-se com a formação dos seus filhos. Se tiver de fazer alguma coisa de qualquer jeito, que não seja cuidar das crianças, porque  este cuidado é para toda a vida.
A dedicação está explícita: “Ensine [essas palavras] a seus filhos e fale delas quando estiver em casa, quando estiver viajando pela estrada, quando se deitar e quando se levantar”. (Dt 6.7)

A educação é um projeto para todo o tempo. Notemos como a instrução envolve as dimensões diárias da vida, incluindo a fraternidade da vida familiar (“quando estiver em casa”), o mundo do trabalho (“quando estiver viajando pela estrada”) e o mundo da oração que deve ser feita para fechar e abrir o dia (“quando se deitar e quando se levantar”).

A preocupação com a educação não deve se dá num momento, mas durante todo o dia, porque tudo (a escola, a televisão, a igreja, o shopping, a rua, a biblioteca) educa.

Educar o caráter é o maior investimento (se queremos usar um termo da economia) que um pai pode fazer. O resto (conhecimento, dinheiro) ele pode aprender sozinho. Caráter, não. Valores eternos, também não.

Comprometa-se com a formação espiritual dos seus filhos. Seja um cristão em casa e terá feito a metade do que pode fazer. A outra parte é feita com palavras. Ensine-o amar o próximo, amando você o seu vizinho. Ore por seu filho quando há dificuldades. Ore por seu filho quando tudo vai bem. Ensine-o orar, orando por ele e com ele. Ensine-o a ler a Bíblia, lendo-a com ele. (Quanto a Bíblia, seu filho já tem uma, na sua linguagem?) Ensine-o a valorizar a igreja, valorizando você também, sendo crítico, mas destacando os aspectos positivos da vida na igreja, que são maiores que os problemas.

 

***
Como deve ser nosso comprometimento na educação dos nossos filhos? Como devemos ensiná-los?

 

Ao menos três maneiras de transmitir o ensino, a instrução aos nossos filhos:

 

1.   Ensinar pelo exemplo. Ensina-se qusndo se vive p que prega. “...todo aquele que for bem preparado será como seu mestre” Lc 6.40

“As más companhias corrompem os bons costumes” 1Co 15.23

JOSUÉ – Js 24.15 “Eu e minha casa serviremos ao Senhor...” Foi certamente um pai bem sucedido na educação de seus filhos. Temosr ao senhor.

ABRAÃO – Rm 4.11 “...pai de todos os que creem”. Se tivesse falhado como pai, certamente não teria recebido este título. E Isaque não se submeteria ao sacrifício. Fé.

JÓ – 1.5. Jó sacrificava pelos seus filhos por talvez haverem pecado contra o Senhor. Sacerdócio.

PAI DO FILHO PRÓDIGO – O filho pródigo comete os seguintes erros:

a.      Pede a herança com o pai em vida.

b.     Desonra o irmão.

c.      Vai a uma terra longínqua

d.     Desperdiça tudo

Mesmo assim, o pai o perdoa. Perdão.

 

2.   Ensinar pela disciplina. A disciplina e a correção são atos de amor. “Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho” Hb. 12.6

Corrigindo o seu filho hoje, você evitará situações futuras de humilhação por conta de comportamentos inadequados. Pv 29.13. A correção também o preparará para o sofrimento, decepções e frustrações que a vida oferece.

ELI – “não os repreendeu” a razão que seus filhos eram tão maus.

DAVI – Adonias tentou usurpar o trono pois, “nunca seu pai o tinha repreendido...” Davi o homem segundo o coração de Deus, perdeu  coração de seus filhos.

 

3.   Ensinar pelo discipulado. Cabe aos pais ensinar aos filhos quem é Deus, como fez a mão de Timóteo. 2Tm 2.15 “Porque desde criança você conhece as Sagradas letras...”.

Ensine-os a orar, orando com eles. Ensine-os a ler a Bíblia, lendo com eles.

 

 

Nossos filhos precisam de sentido e significado para suas vidas. Nos cabe instruí-los nos princípios bíblicos e para que eles adquiram a identidade em Deus: eles vieram de Deus (são herança do Senhor), são de Deus e viverão para Deus.

 

 

                                        M.D.

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Autor MOISÉS DUARTE

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