EBD JUVENIS- A IGREJA DE CRISTO

O que é igreja?
     Algumas pessoas fazem confusão de Templo com Igreja. A igreja é uma criação especial de Deus, não uma obra humana: “E também Eu te digo que tu és uma pedra- pequena, e sobre esta Rocha- grande estarei edificando a Minha assembléia , e os portões do inferno  não prevalecerão (resistindo) contra ela;”
     A definição da palavra igreja vem do grego “EKKLESIA” e significa “assembleia dos chamados para fora”, ou melhor expressando-se, refere-se à reunião de um povo, assembleia ou igreja local. O vocábulo “igreja” se traduz do grego ekklesia e significa “os chamados para fora” para constituir um agrupamento de pessoas compromissadas com Cristo e a proclamação do seu evangelho por toda a Terra. O termo correspondente, no hebraico, é kaal, reportando-se a congregação do povo de Israel, constituído para adorá-lo em meio às nações pagãs. A palavra “igreja” indica o propósito para o qual Deus estabeleceu esse projeto; não se reporta especificamente a esta ou aquela denominação nem as suas estruturas em si mesmas, mas ao povo de Deus espalhado sobre a terra, em todas as épocas.
     A igreja é um organismo vivo composto por todos os que pela fé, aceitaram a Cristo como Salvador. Ao estabelecer a igreja, Jesus tinha um propósito: levar os salvos a adorarem a Deus, proclamando-O através da pregação e do testemunho. A igreja tem como objetivo conduzir os pecadores à salvação e congregar os salvos a caminho do céu.
     Há uma diferença entre templo e igreja. O templo é uma construção consagrada a Deus, onde a igreja se reúne para adoração, ensino e etc. O templo é passageiro, visível e só pode estar em um lugar; a igreja durará para sempre, é invisível e está nos quatro cantos da terra.
     Existem várias expressões acerca do que e igreja: Assembleia Hb 18.23 - Ao (festejante) ajuntamento de todos; e à assembleia  d[os] primeiros- nascidos tendo sido inscritos n[os] céus; e a Deus, [o] juiz de todos; e a[os] espíritos d[os] justos tendo sido tornados completos; Corpo de Cristo 1Co 12.27 -  Ora, vós sois [o] corpo de Cristo, e [Seus] membros (, cada um) em particular. Povo de Deus 1Pe 2.10 - Vós,] aqueles que, em outro tempo, não [éreis] um povo, mas agora [sois] povo de Deus, [sois] aqueles [dantes] não tendo recebido misericórdia, mas agora havendo recebido misericórdia. Templo de Deus 1Co 3.16 -  Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Congregação Hb 10.25 -  não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Templo do Espírito 1Co 6.19 - Ou não tendes sabido que o vosso corpo é [o] lugar- santo do Espírito Santo [que está habitando] em vós, o Qual tendes proveniente- de- junto- de Deus, e que não sois de vós mesmos?
     A igreja é, portanto, a família espiritual de Deus, uma comunidade espiritual criada pelo próprio Deus, baseada na obra de Cristo.
     “E também Eu te digo que tu és uma pedra- pequena, e sobre esta Rocha- grande estarei edificando a Minha igreja , e os portões do inferno  não prevalecerão (resistindo) contra ela;”. Quando Cristo enunciou: “a minha igreja”, identificou-se como o seu arquiteto e fundador. O fundamento sobre o qual Ele edificou a igreja é “sobre esta pedra”. A pedra não se refere a Pedro, e sim à Cristo, a pedra angular eleita e preciosa 1Pe 2.5, At 4.11.
     Para o mundo, a igreja é apenas uma organização social. Para Deus é um organismo vivo, pois é o corpo de Cristo – 1Co 12.27. Todos os que fazem parte da igreja são membros do corpo de Cristo. Igreja é todos aqueles que se arrependeram dos seus pecados, são lavados no sangue do Cordeiro, obedecem à Palavra de Deus e foram batizados nas águas. A igreja é fundamentada na Palavra Sagrada. A igreja jamais terá o homem por fundamento.
     Vejamos, também, como se posiciona o Novo Testamento em relação a Cristo como o fundamento da Igreja. Paulo, em I Coríntios, e enfático: “Porque ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual e Jesus Cristo” (3.11). O apostolo segue a mesma linha da declaração reveladora no ato da confissão de Pedro. Mas e possível que algum critico possa por em duvida a sua afirmação, alegando tratar-se de rivalidade entre ele e Pedro. Fosse dessa forma, ter-se-ia de Pedro outro posicionamento.
Entretanto, o apostolo Pedro reitera a mesma posição de Paulo. Em Atos 4.11 e I Pedro 2.4-7, ele não reivindica qualquer pretensão papista; antes, apresenta Cristo como a pedra principal de esquina. Esta expressão denota a ideia de centralidade no alicerce de uma construção e esta em sintonia com a teologia paulina. E tanto que Paulo faz uso da mesma linguagem em Efésios 2.19-22:
Assim já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo e a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor; no qual também vos juntamente sois edificados para morada de Deus no Espirito.
     A igreja de Cristo tem duas dimensões. 1 Universal. É o conjunto de todos os salvos em Cristo. No plano eterno de Deus, a igreja universal foi arquitetada por Ele antes da fundação do mundo – Ef 1.4,9,10, e tem um caráter geral porque inclui todos os cristãos remidos por cristo, dentre todos os povos. Não importa, hoje, a denominação a que pertençam os salvos, desde que de fato tenham crido na obra redentora de Cristo como suficiente para a sua salvação e vivam de acordo com os fundamentos do genuíno evangelho. 2 Local. Abrange o conceito de congregar e reunir, pois se trata da reunião dos fiéis em um local especifico. É o lado visível da igreja que vivencia em sua forma comunitária a mesma herança apostólica e os mesmo ideais de vida. E o grupo que se reúne regularmente com o mesmo objetivo de adorar a Deus e tem em comum as mesmas expressões de fé. E a expressão da igreja local, com sua forma bíblica de governo e organização, inserida no contexto histórico e social.
     A vida em comunidade foi uma das características predominantes dos cristãos primitivos (At 2.46; 4.32,33; 5.42; 12.5,12). Eles frequentemente se reuniam motivados sempre pela mesma razão: a fé no Cristo ressuscitado. A possibilidade de crer-se no Senhor e viver uma fé solitária, sem compartilhar a vida espiritual com outros irmãos, esta distante dos postulados neo-testamentários.
De acordo com o Novo Testamento, o crente que se submete ao senhorio de Cristo reconhece a necessidade de estar vinculado a uma igreja local bíblica, em cuja comunidade possa expressar livremente a sua fé:
     E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos a caridade e as boas obras, não deixando a nossa congregação, como e costume de alguns; antes, admoestando-vos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia (Hb 10.24,25). A vivência comunitária da fé experimentada pela igreja primitiva teve caráter perseverante. “E perseveravam”, afirma o texto bíblico. Não era algo eventual, descompromissado, sem nenhuma responsabilidade. Todos se sentiam comprometidos em estar juntos e partilhar das mesmas experiências espirituais (At 2.43).
Ha uma teoria em voga que não mais prioriza a frequência assídua aos cultos. Segundo essa linha de pensamento, o que importa e a comunhão com Deus. No entanto, quem desfruta desse relacionamento vertical sente-se necessariamente compelido a manter-se não apenas vinculado a uma comunidade crista, mas a perseverar ali, vivendo a comunhão com os seus irmãos (I Jo 1.7).
     A perspectiva local da igreja fortalece o fato de que o trato e relacionamento de Deus com ela não é só universal, mas local, congregacional e direto.

Origem da igreja e sua missão

     A Igreja foi, desde a eternidade, concebida na mente de Deus. Isso, por si só, explica a sua peculiar natureza como povo adquirido, que não se verga diante das pressões do mundo. Tal qual um engenheiro sobre a prancha, para usar uma linguagem adequada ao nosso conhecimento, Deus a projetou em toda a sua dimensão divina e histórica, prevendo cada detalhe desde a sua concepção ate ser inaugurada no dia de Pentecostes, para dai seguir a sua trajetória através dos tempos.
Assim como o mundo não surgiu do acaso nem da vontade humana, a Igreja veio a existência pela vontade exclusiva e soberana de Deus para cumprir um proposito especial sobre a face da Terra.
    Como projeto de Deus, a Igreja tem, ainda, compromisso com o resultado da mensagem. Aqui está um dos segredos de sua existência através dos séculos. O que ela prega produz frutos permanentes. Ha o tempo de semear; e o de colher. Ambos lhe pertencem (Sl 128.6; Jo 4.35). Nenhum sistema politico conseguiu, e jamais conseguira, colocar no mesmo projeto pessoas de posições sociais tão dispares, compartilhando do mesmo processo, vivendo as mesmas expectativas e aguardando a mesma esperança (G1 3.10,11).
     O segredo da igreja existir há tanto tempo e vencer a todos os obstáculos, é que ela foi fundada e edificada por Cristo. A igreja é geração eleita, um reino de sacerdotes, uma nação santa, o povo adquirido por Deus 1Pe 2.9.
     Conforme o seu propósito, Deus escolheu a Igreja para que fosse o seu sacerdócio nesta nova dispensação (cf. 1 Pe 2.9; Ap 1.6). Assim como Deus ordenou, no tempo do Antigo Testamento, que o culto sagrado fosse oficiado pelo sacerdócio levítico (Nm 3.3; Êx 28.3), assim Ele entregou, no Novo Testamento, esse ofício à igreja. O apóstolo Pedro escreveu: "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1 Pe 2.5).
     Existem várias semelhanças entre o sacerdócio da Antiga e o da Nova Aliança (Hb 7.27):
• Deus ordenou também ao seu sacerdócio nesta dispensação oferecer sacrifícios espirituais (cf. 1 Pe 2.5). É verdade que são sacrifícios diferentes daqueles oferecidos no Antigo Pacto, que não podiam aperfeiçoar aqueles que os ofereciam (cf. Hb 9.8). No Novo Pacto, porém, veio Jesus e ofereceu o maior e mais perfeito sacrifício quando, pelo Espírito Eterno, ofereceu-se a si mesmo, imaculado (cf. Hb 9.11-14; 5.1). A nós, os sacerdotes do Novo Pacto, cabe oferecer ao Senhor sacrifícios de louvor por tudo quanto Ele fez e continua fazendo por nós (cf. Hb 13.15; 2 Cr 29.31).
• Devemos também oferecer a Deus os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional (cf. Rm 12.1). Foi esse o sacrifício que os crentes da Macedónia ofereceram a Deus (cf. 2 Co 8.5).
• Assim como os sacerdotes do Antigo Testamento orientavam os que serviam no santuário (cf. Nm 3.22), também os ministros da igreja são os encarregados, pelo Senhor, de executarem os trabalhos pelo aperfeiçoamento dos santos para a obra (cf. Ef 4.12).
• O sacerdócio de Deus no Novo Pacto, que é a igreja, deve tomar parte ativa no culto a Deus. O Senhor espera isso, e todo o crente o pode fazer. Cada c rente deve, portanto: orar a Deus sem cessar (cf. 1 Ts 5.17; Rm 12.12; Cl 4.2), usar os dons espirituais na Igreja (cf. 1 Co 14.26) e anunciar as virtudes daquEle que nos chamou das trevas para a sua luz (cf. 1 Pe 2.9).
     A igreja não existe sem propósitos:
     A primeira missão da igreja está no ide de Cristo. É missão da igreja neste mundo, cumprir o ide de Cristo e anunciar a Palavra de Deus, viver de acordo com os seus mandamentos. Entretanto, nosso comportamento e atitudes devem ser coerentes com a mensagem do Reino. Não podemos escandalizar àqueles que almejam por salvação. Além de pregar o Evangelho, devemos apresentar as boas obras como fruto da fé mediante a graça de Deus – Ef 2.8-10.
     Marcos 16.15. A igreja foi comissionada para levar o evangelho a todos os povos da terra e fazer discípulos através do ensino da Palavra. 
     A segunda missão da igreja é adorar a Deus. Is 43.21. a nossa maior preocupação aqui na terra é ser um verdadeiro adorador e testemunhar de Jesus aos perdidos. A adoração verdadeira é muito mais do que is ao templo cantar louvores. É oferecer a nossa vida como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Rm 12.1-3.

As ordenanças da igreja

     Nós podemos entender por ordenanças as determinações de Cristo para a sua igreja amada. Batismo e Santa Ceia. Tais ordenanças foram ditas de forma bem clara em Mt 28.19; 26.26-29. E devem ser seguidas pelos membros do Corpo de Cristo, pois é uma maneira visível dos salvos expressarem seu amor a Deus e sua fé na Palavra de Deus.
     BATISMO
     O batismo foi ordenado por Jesus Cristo. Foi Ele quem mandou que os seus discípulos batizassem (cf. Mt 28.19; Mc 16.16). Os discípulos saíram e pregaram por toda a parte, batizando em cumprimento à ordem recebida (cf. Mc 16.20; At 2.41; 8.12; 10.47). Uma ordem dada pelo Senhor é realmente para ser cumprida (cf. SI 119.4), pois a desobediência significa rejeição do conselho de Deus (cf. Lc 7.29,30). Todo aquele que ama o Senhor, prova esse amor obedecendo à sua Palavra (cf. Jo 14.21,23). A salvação nos liberta até das tradições recebidas dos pais (cf. 1 Pe 1.18). Graças a Deus!
     Através do batismo, o pecador professa estar morto para o mundo e vivo para Deus. Por esta razão, o batismo significa o sepultamento dos pecados. Rm 6.3,4,7,10,12. O batismo deve ser por imersão em nome da trindade. Obedecendo a essa ordenança, o cristão dá testemunho de que recebeu a Cristo como salvador e Senhor, e que seus pecados foram lavados. O batismo é uma maneira de dizer que a vida pecaminosa do cristão foi sepultada e que ressuscitou para uma nova vida.
     SANTA CEIA
     A santa ceia foi instituída por Jesus na noite em que foi traído (cf. 1 Co 11.23). Primeiro Ele celebrou a páscoa junto com os seus discípulos (cf. Mt 26.26). Nunca antes havia sido comemorada a páscoa de modo tão solene e tão histórico como daquela vez, pois estava presente o verdadeiro Cordeiro de Deus (cf. 1 Jo 1. 29), que é "nossa páscoa" (cf. 1 Co 5.7). Depois de cear, Jesus instituiu a ceia (cf. Mt 26.26; Mc 14.22), que é um ato comemorativo da sua morte. Jesus disse: "Fazei isso em memória de mim" (cf. Lc 22.19; 1 Co 11.24). Dessa maneira, a ceia não é simplesmente um rito ou uma cerimônia de pouca significação, mas uma ordem divina que traz maravilhosas bênçãos e que deve ser considerada e mantida.
     O pão simboliza, conforme a Palavra de Deus, o corpo de Cristo (cf. Mt 26.26). O partir do pão simboliza Jesus, o qual nos foi dado (cf. Lc 22.19) na sua morte, quando foi partido por nós. O vinho, o "sangue da uva" (cf. Dt 32.14), simboliza o sangue de Jesus quando, na sua morte na cruz, foi derramado para a remissão dos nossos pecados (cf. Mt 26.28).
     A ceia é um ato comemorativo da morte de Jesus. Ela não lembra somente o sofrimento, mas também a vitória de Jesus. Através da santa ceia podemos olhar para trás, lembrando-nos da morte expiatória do Senhor; olhamos também para o presente, onde verificamos que o Gólgota ainda tem poder, pois Cristo ressuscitou e está presente, manifestando a sua graça aos que creem na mensagem da cruz (cf. 1 Co 2.5); e olhamos também para o futuro, onde vemos que o dia da sua vinda se aproxima, quando nós haveremos de celebrar a ceia com Ele no reino dos céus. Segundo a afirmativa de Jesus, podemos considerar a ceia como um profundo memorial: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha" (1 Co 11.26).
     A ceia do Senhor é um ato sagrado e não devemos participar dela sem refletir antes a respeito da nossa vida. Portanto como está escrito: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice” 1Co 11.28-31.

Conclusão
     Sabemos que ser igreja é ser templo de Deus, que o seu propósito é glorificar a Deus, evangelizar o mundo. A nossa missão como igreja é ser sal desta terra. Mas, e se a nossa luz não brilhar, e se, o nosso sal não salgar? Pra que serviremos? Ser igreja é não se conformar com este século, mas aceitar a transformação produzida pelo Espírito Santo. É lutar contra as portas do inferno. É passar pela porta estreita e trilhar o caminho apertado. É estar crucificado com Cristo para o mundo. Viver vencendo o pecado, a carne, o mundo e o reino das trevas. É ser embaixador de Cristo e ter esperança de um dia morar eternamente no céu.
     A igreja deve representar paz e esperança. E será que atualmente representamos esperança e vida? Onde há compreensão ou respeito e os valores foram deturpados, a igreja de Cristo deve lutar ser mundo e vida.

Moisés Duarte

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Autor MOISÉS DUARTE

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